DE WASHINGTON – A corrida eleitoral americana começou agitada e será longa.

Passadas cinco semanas e oito prévias partidárias, o partido de oposição ainda hesita em fechar com Mitt Romney, o ex-governador de Massachusetts que se firmou cedo como favorito, mas um favorito nunca muito confortável nessa posição.

Newt Gingrich, o ex-presidente da Câmara, reluta. Rick Santorum, o ex-senador da Pensilvânia que atrai o voto ultraconservador, ressurge com força após vencer os três “caucus” da noite desta terça. E o deputado Ron Paul… bom, Ron Paul tem seu eleitorado cativo, e continuará na disputa enquanto tiver caixa para continuar propagando sua mensagem de menos governo, mais liberdades individuais.

E esse é só o começo, pois tão logo eles decidam, a campanha em si, entre o presidente Barack Obama e seu rival conservador, começa.

Quão diferente é o Obama candidato de 2012, com popularidade baixa e problemas por resolver, daquele que seduziu o país em 2008? E a oposição, cuja credibilidade foi minada por inúmeros impasses no Congresso, vai conseguir fazer sua plataforma decolar? Aliás, os congressistas, com os piores índices de aprovação da história, vão se reeleger?

Nestas viagens pelos EUA para cobrir o processo eleitoral para a Folha em plena crise econômica, eu e a Verena temos topado com gente com visões distintas de mundo e com situações que ilustram o que é a política, a economia e a sociedade americana hoje.

A ideia deste blog é trazer um pouco desse clima de bastidores _além de notícias, análises,  comentários e explicações sobre esse processo complexo_ para vocês, leitores.

Comentem, reclamem, sugiram, participem.  (LC)