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Eleição nos EUA

Decisão em tempos de crise

Perfil Como os americanos votam. E o reflexo no Brasil, por Luciana Coelho

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Qual o maior inimigo dos EUA?

Por Luciana Coelho
26/02/12 02:57

O chinês Hu Jintao, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o norte-coreano Kim Jong-un (fotos: Reuters)

CIDADE DO MÉXICO* -Pesquisa publicada pelo Gallup nesta semana serve como um retrato interessante da visão de mundo americana pós-Guerra ao Terror e pós-crise econômica. A pergunta feita a 1.029 pessoas no país entre os últimos dias 2 e 5: “Qual o maior inimigo dos EUA?”

Deu Irã.

A retórica confrontacional entre os dois países vem ganhando volume nos últimos meses, tanto em discursos políticos quanto no noticiário, com os indícios de que o programa nuclear mantido por Teerã progride. Ninguém parece ter muita certeza de quanto, e a falta de provas concretas de que o que se busca é uma bomba  _como bem lembrou em evento recente aqui em Washington o ex-inspetor de armas nucleares da ONU Hans Blix_ guarda uma perturbadora semelhança aos meses que precederam a tomada de Bagdá.

Mas com o fim das guerras no Iraque e no Afeganistão e com a Coreia do Norte com um novo e inexperiente ditador (e a Coreia do Norte nunca conseguiu impôr o mesmo medo que qualquer dos antagonistas americanos no Oriente Médio), era difícil esperar outro nome aí. A política americana, afinal, parece sempre precisar de um rival. E o Irã recebeu 32% das menções.

Interessante é observar quem ficou em segundo: a China. E com 23% das menções _diferença relativamente modesta, já que não se ouve falar em “guerra” com a China (a não ser em guerra comercial). Ou seja: para 1 em cada 4 americanos, praticamente, a ameaça maior vem da rivalidade econômica. Vem da possibilidade de não ser mais a maior potência global.

Mais: o Gallup ressalta que nunca, nos 11 anos em que a pesquisa é feita, a China recebeu tantas citações _um crescimento contínuo, que ganhou fòlego com a deterioração da situação econômica e com a menor projeção da Coreia do Norte, desta vez citada por 10% dos entrevistados, em terceiro lugar .

(Depois vêm Afeganistão, Iraque, Rússia e Paquistão, com respectivamente 7%, 5%, 2% e 2% das menções, seguidos pelos EUA em si, com 1%, Japão e Arábia Saudita, com os mesmoss 1%).

Nestas eleições, o Irã é assunto constante dos pré-candidatos republicanos, que ameaçam com uma escalada militar (se algum deles teria, de fato, condições de lançar uma operação caso fosse eleito é uma boa pergunta).

Já a China é o antagonista preferido do presidente Barack Obama, que tem citado o país asiático como rival com frequência nos últimos meses e redesenha sua estratégia de segurança com vistas ao oceano Pacífico.

Para quem quiser ler mais sobre os inimigos das vez dos EUA, neste domingo tem texto meu na Folha, complementando material dos ótimos Marcelo Ninio e Samy Adghirni sobre as chances de uma guerra no Irã. (Quanto à China, aguardem dobradinha com o excelente Fabiano Maisonnave).

* deixei Washington temporariamente para cobrir a reunião ministerial do G-20, no México

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