O que esperar da Superterça
06/03/12 12:02
COLUMBUS, OHIO – Finalmente, a Superterça. O grande dia. A data mais esperada para definir as prévias partidárias. Quando o eleitorado se anima com a multiplicidade de Estados votando e corre para as urnas.
Neste ano, nem tanto. São dez e meio os Estados votando _Wyoming inicia um demorado processo de “caucus”, as assembleias eleitorais. Metade dos 21 que participaram da Superterça republicana em 2008. O eleitor anda desanimado. As pesquisas estão voláteis. Nada indica que haverá uma definição hoje.
Mitt Romney continua sendo o favorito, e assim deve se manter depois da Superterça. Rick Santorum segue sendo seu principal adversário dentro do partido, e nada deve mudar. Gingrich continua com alguma força e muito gogó entre o eleitorado sulista _e os superdoadores_ para lhe permitir continuar na corrida.
E Ron Paul… o deputado é um caso à parte, bem financiado, com um apoio capilarizado entre os jovens e, ultimamente, uma aparente aproximação de Romney. Paul quer fazer ecoar seu discurso de Estado mínimo e liberdades individuais máximas, e tem conseguido. Enquanto houver caixa _e ainda há_, não há porque ele desistir.
Ou seja, tudo sairá igualzinho da Superterça? Mais ou menos.
Os analistas e os eleitores aguardam ansiosos pelo resultado aqui em Ohio. É um “microcosmo” dos EUA, onde se você fatiar o eleitorado se sairá com um grupo muito semelhante à essência do país. As condições econômicas também andam bem parecidas com as nacionais. E Ohio é um Estado-pêndulo, daqueles que ora votam em republicanos, ora votam para democratas (atual governador: republicano; última eleição presidencial: Obama; em 2004: Bush).
Vejamos. Se Romney perder, ficará ainda mais exposta a tibieza de sua campanha no meião do país. O empresário vai muito bem nas costas, com o eleitorado mais moderado e os mais ricos, mas ainda encontra dificuldade em se fazer ouvir no meio do país. Para Santorum, perder aqui pode ser um papelão bem mais comprometedor, já que há uma semana ele tinha quase nove pontos de vantagem. Agora está tudo empatado.
Se eu tiver de fazer uma aposta, diria que Romney ganha aqui. Isso porque ele ganhou gás nos últimos dias, e, com tantos indecisos no Estado, a tendência é sempre que a maioria opte por quem está em alta, não em baixa. A ver.
Nos outros Estados, as coisas estão meio divididas. Gingrich deve levar a Geórgia, Estado que representou no Congresso por duas décadas. Santorum deve levar Oklahoma, outro grande Estado do Sul, e tem ótimas chances no Tennessee. Romney certamente fica com Massachusetts, que governou, e a Virgínia, onde concorre sozinho com Ron Paul (todos os demais candidatos perderam o prazo da inscrição, em mais um episódio quixotesco destas primárias). Pode se dar bem também no liberal e pequenino Vermont. E Paul tem boa chance de ganhar um ou dois dos Estados que fazem caucus _Idaho, Dakota do Norte e Alasca.
Com isso, Romney pode chegar a algo em torno de 400 dos 1.144 delegados _os representantes estaduais acumulados durante as prévias e que são quem de fato elege o candidato, na convenção partidária em agosto. É pouco matematicamente, mas é bem mais do que os rivais.
Ainda assim, o fato de ele não ter conseguido conquistar uma maioria clara ou exibir um resultado arrebatador ou abrir uma vantagem mais larga nas pesquisas nacionais mantém vivas as dúvidas sobre sua força em um eventual embate com Obama, sobre sua capacidade de fazer o eleitor sair de casa em um país onde o voto não é obrigatório (sempre há quem vota só porque quer ver Obama fora, mas e o eleitor independente tão caro às vitórias nos EUA?)
Santorum e Gingrich também contam com um elemento novo nesta campanha, os SuperPACs (falei deles aqui).
São grupos normalmente formado por ex-assessores que, por não terem vínculo oficial com partidos e candidatos, passam ao largo da lei eleitoral e podem arrecadar doações muito mais polpudas do que aqueles submetidas ao limite da legislação, entre US$2.500 para indivíduos e US$ 10 mil para grupos. Ou seja, enquanto houver um milionário que acredite neles _como é o caso do dono de cassino Sheldon Adelson, chapa do Gingrich_ e enquanto as pesquisas continuarem emboladas, eles vão continuando.
Esperem por pelo menos mais um mês de prévias.
A continuar nesse puxa-estica, Luciana, o GOP nao terah tempo para acertar suas arestas, para enfrentar Obama. Irah ate o fim das primarias, nessa auto-dilaceracao que so ajuda os Democratas… Orrin Hatch esta garantindo que a vez de UT liderar, chegou!
Bosco, ontem, reparei que pela primeira vez o Romney disse — ao menos, primeira vez em um discurso destacado — que o partido estará unido em novembro, e cumprimentou os rivais em vez de fazer picuinha. Mas, sim, também acho que eles estão dificultando o próprio caminho, vai saber se de forma irreversível. Muitos dos eleitores independentes estão se alienando, mesmo os que desaprovam o Obama. Em novembro, vão fazer falta. Abs!
persas abram o olho
o cerco a vcs esta se fechando…
e ele nada tem a ver com armas nucleares, liberdade e/ou democracia
se trata tão somente de $$$$$$$$
basta pesquisar por “peak oil” no google
p/ entender pq do cerco ao irã