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Obama bate à porta

Por Verena Fornetti
16/03/12 20:13

DE NOVA YORK – Segue depoimento da brasileira Patricia Stifelman, que mora em Nova York e no dia 1º de março viu o presidente Barack Obama chegar ao seu prédio para um evento cujo objetivo era arrecadar dinheiro para a campanha. Grávida de nove meses e com um bebê no colo, Patricia atraiu a atenção do presidente. 
 
“Duas semanas antes de o Obama chegar, recebemos uma carta do condomínio dizendo que o presidente iria visitar o prédio para um evento de captação de recursos. Ele iria à casa de um advogado democrata. Ficamos superempolgados. Não acreditava que o Obama viria ao meu prédio.
 
Logo depois o zelador veio à minha casa, com três caras imensos, dizendo que aqueles eram agentes de segurança que queriam conversar com a gente [Patricia e o marido]. Disseram: ‘o presidente vem aqui, ficaremos a semana inteira verificando o prédio e, como tem perigo de alguém deixar uma bomba, queríamos saber se vocês se incomodam de revistarmos o apartamento e trazermos os cachorros’. Disseram que não éramos obrigados, mas que a verificação seria a opção mais segura para todos. Concordamos com as revistas.
 
Vieram agentes no sábado, domingo, segunda… Era igual aos filmes. Gente falando ao microfone, fotografando e abrindo gaveta. Eu disse ao agente: ‘moço, eu preciso ver o presidente’. Ele respondeu: ‘não garanto nada’. 
 
Antes de o Obama chegar, montaram uma tenda branca em frente ao prédio. Fecharam a rua e as ruas ao lado. Eram uns 200 seguranças, com as armas penduradas nas pernas. Coloram detector de metal na porta. No dia da visita encontrei de novo o agente que tinha ido à minha casa. Perguntei: ‘e aí, moço?’. Ele disse que não daria para encontrar o presidente porque queriam todas as portas do prédio fechadas. Eu insisti. ‘Estou grávida de nove meses. Que risco eu represento?’ Ele me respondeu: ‘veja, eu não posso impedir você de abrir a sua porta’ [quando o presidente estivesse passando pelo lobby do prédio; a brasileira mora no andar térreo]. ‘Mas e se eu abro a porta e alguém me dá um tiro?’, perguntei para ele. Ele disse: ‘não faça nada de supetão’.

Pouco antes de Obama chegar eu ficava espiando o serviço secreto pela fresta da porta (risos). Quando percebi que ele estava chegando, abri a porta do meu apartamento devagar. Estava com meu bebê no colo, meu marido, a babá e um casal de vizinhos. O presidente entrou no prédio e veio na minha direção: ‘Oi’, ele disse e sorriu.

Fiquei nervosa. Obama perguntou: “Qual é o seu nome?”. Eu respondi: “Patricia”. Mas aí percebi que ele estava falando com o bebê (risos)… Ele repetiu e meu marido falou o nome do meu filho, que ficava tentando puxar a gravata do presidente. Ele deu a mão para todo mundo, pediu desculpas por invadir o prédio e subiu para ir ao evento.”

 

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