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Eleição nos EUA

Decisão em tempos de crise

Perfil Como os americanos votam. E o reflexo no Brasil, por Luciana Coelho

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O fim está próximo?

Por Luciana Coelho
26/03/12 12:11
Santorum agradece ao eleitor da Louisiana. Mas e daí?

WASHINGTON – Parece, finalmente, que a ficha caiu para Rick Santorum, e já cresce o zumzum de que ele deve desistir da candidatura após a primária na Pensilvânia, dia 24 de abril.É difícil entender o que o ex-senador ainda está tentando fazer. Alguns colunistas acham que ele está tentando solapar a candidatura de Mitt Romney para poder concorrer em 2016 — mais ou menos como disseram da Hillary Clinton em 2008. É especulação.

Santorum ganhou sábado na Louisiana, e certamente tem seus simpatizantes, mas e daí? As chances matemáticas existem, é claro. Mas exigem um bocado de boa fé: para vencer, ele teria de arregimentar 70% dos delegados que ainda estão em disputa nas próximas primárias, resultado que candidato nenhum obteve (delegados são os votantes da convenção partidária que em agosto elegerá o candidato, e a cada etapa de prévias, é distribuído um X de delegados conforme o peso e os resultados em cada Estado).

Ainda mais se considerarmos que pela frente virão Estados de perfil conservador moderado ou progressistas, onde Romney _que precisa de menos da metade dos delegados restantes_ leva vantagem.

A campanha se Santorum é tão desorganizada que, aqui em Washington, eles não conseguiram nem sequer inscrever o nome do candidato a tempo. Ou seja, aqui, ele não está nem na cédula (assim como não esteve na Virgínia)

No começo da ascensão do ex-senador conservador, eu achava que ele iria até a Pensilvânia por ser o seu Estado, seu berço político, e por ter chances razoáveis ali devido à sua ligação com esse eleitorado branco e operário que tem menos empatia por Romney. Agora começa a parecer que as chances minguam mesmo ali. O que seria desanimador, já que Newt Gingrich ganhou no seu berço político (Geórgia) e Romney ganhou no dele (Massachusetts), além de vencer em seu Estado natal (Michigan).

Mas a história de Santorum com a Pensilvânia é diferente, e o mesmo eleitor que fez dele um dos senadores mais jovens da história também o tirou do cargo de forma retumbante em 2006 _ano em que, no auge da impopularidade do governo de George W. Bush, o Partido Republicano perdeu boa parte de suas cadeiras no Congresso.

Vai ser interessante observar a movimentação no Estado, entre os 13 ou 14 no país conhecido como “pêndulos” _cujo eleitorado não se identifica claramente com nenhum dos partidos. Além disso, a crise bateu forte no parque industrial e energético (mineração de carvão) que sustenta economia local.

Paralelamente, Romney vai coletando também o apoio do establishment do partido _os tais “superdelegados”, membros do primeiro escalão republicano que votam na convenção como bem entendem, sem seguir as primárias estaduais.

O resultado da teimosia de Santorum é fadiga. A própria imprensa americana parece começar a perder interesse nas prévias republicanas, já vendo Romney como candidato. O estatístico Nate Silver, que escreve no “New York Times”, fez um gráfico bacana sobre a cobertura eleitoral nas últimas semanas (aqui). O interesse está afundando.

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Comentários

  1. gustavo giroti comentou em 27/03/12 at 15:00

    Luciana,
    eu que já a critiquei uma vez pelo modo da cobertura, agora tiro o chapéu, gostei muito da reportagem, concisa sem ser superficial, com dados realisticos da campanha republicana,
    Parabens

    • Luciana Coelho comentou em 27/03/12 at 18:30

      Obrigada, Gustavo. Pode continuar criticando, elogiando e contribuindo… A gente precisa da opinião de vocês. Abs!

  2. Otávio Jorge Caldas comentou em 27/03/12 at 9:24

    Luciana, estou esperando a campanha de 2016. Com certeza teremos candidatos de outro calibre, tais como Jeb Bush, Huckabee e talvez Sara Palin. Ainda acho que ela é a voz mais atuante do lado republicano e a única capaz de unir as alas do partido. Para esse ano, minha torcida acabou pois a vitória do Obama é só uma questão de data.

    • Luciana Coelho comentou em 27/03/12 at 18:36

      Eu também acho que em 2016 teremos nomes melhores, Otávio. Neste ano, os mais bem cotados desistiram, achando que teriam pouca chance no atual ambiente. Agora, eu sei que você admira a Palin. Mas acho que grande parte da culpa pelo cenário atual é do movimento Tea Party, que ela ajudou a erguer e que, de certa forma, perdeu as rédeas da situação. Porque a maioria dos conservadores que desistiu de concorrer neste ano o fez por conta do ambiente de polarização extrema que acabou pesando contra o partido _a questão do debate sobre o teto da dívida, que culminou no rebaixamento dos EUA pela agência de classificação de risco S&P, os afetou demais diante da opinião pública. Não sei se a coisa está assim “ganha” para o Obama, nunca sabemos como a economia vai ficar até novembro, mas certamente os republicanos terão de refazer seus cálculos e voltar a vender suas plataformas, em vez de focarem em quedas de braço. Abs.

  3. Joe comentou em 26/03/12 at 16:25

    Eu acho que o Gingrich e o Santorum a essa altura do campeonato precisam ter preocupação em empolgar o eleitorado republicano conservador para conquistar maioria no Congresso.
    Já que o Romney vai para onde o vento sopra, seu governo será conservador ou liberal de acordo com a pressão do Congresso. Se a maioria for apertada ou for infiltrada por palhaços como Scott Brown… os conservadores podem por as barbas de molho.

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