DE NOVA YORK – “Os EUA, segundo país que mais polui no mundo, têm pessoas, particularmente no partido republicano, que não acreditam em ciência. Isso torna muito difícil para os EUA avançar nessa agenda [do desenvolvimento sustentável].”

A alfinetada veio do economista Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel, que falou hoje em evento na ONU, em Nova York, sobre desenvolvimento sustentável e sobre “o índice de felicidade”_”novo” paradigma para medir o bem-estar das populações, que considera além dos indicadores econômicos variáveis como saúde mental e física, conforto material e liberdade das populações. “O desenvolvimento é um tema muito importante para deixarmos somente para os ministros de finança dos países.”

Stiglitz lembrou a relutância dos Estados Unidos em assumir, no âmbito internacional, metas relacionadas à proteção do ambiente e incentivou o debate do “índice de felicidade” na Rio +20, conferência que acontecerá no Rio de Janeiro, em junho, 20 anos após a Eco 92.

O pré-candidato Rick Santorum parece ter sido o alvo do economista. Em fevereiro,  Santorum negou a existência do aquecimento global. “Muito dessas ciências ambientais são somente ciência política. Elas não têm nada a ver com o entendimento real de como nós temos que encarar o ambiente e os impactos na humanidade e no mundo.”