Guerra das mães?
16/04/12 12:36DE NOVA YORK – O voto das mulheres está em jogo, e Ann Romney virou peça-chave na estragégia de Mitt Romney, republicano que provavelmente receberá a indicação do partido para concorrer à presidência.
Com discurso conservador em tópicos como contracepção e aborto, os republicanos têm dificuldade em conquistar a preferência do eleitorado feminino. Uma gafe de uma consultora democrata, Hilary Rosen, à rede de TV CNN deu novo capítulo à batalha.
Rosen colocou em dúvida as credenciais de Ann para falar de economia, já que a republicana ficou em casa cuidando dos cinco filhos e “nunca trabalhou um dia na vida”.
Imediatamente assessores de Romney (e a própria Ann) rebateram a afirmação. Um dos e-mails que recebi da campanha de Romney tinha o título “guerra das mães”:
“Ann Romney representa o que de melhor acontece dentro das casas americanas a cada dia. Família. Algo a ser valorizado, não zombado. Sua escolha foi ficar em casa e criar seus cinco filhos. Isso não é tarefa fácil para qualquer mãe – especialmente uma mulher que lutou contra o câncer de mama e a esclerose múltipla.”
Ann abriu uma conta no Twitter e disparou: “Acreditem, foi trabalho duro (ficar em casa e criar cinco filhos)”.
A polêmica foi tanta que até o casal Obama teve de reagir. Michele twittou que “toda mãe trabalha duro, e toda mãe merece ser respeitada”. Barack Obama declarou que “não existe trabalho mais duro no mundo do que ser mãe”.
A “guerra” ainda está rendendo, e agora quem se manifesta são as mães que não querem ser bandeira nem para republicanos nem para democratas ou quem acha que a verdadeira questão para as mulheres é a diferença de oportunidades entre as classes sociais.
A jornalista e colunista Irin Carmon escreveu: “Mães que recebem salários não zombam de mães que não os recebem _isso é uma oposição simplista que não reflete a experiência das mulheres”. Para Carmon, para a maioria das mães ficar em casa não é escolha _trata-se, antes de tudo, de encontrar oportunidades de emprego e acesso a creches para que elas tenham com quem deixar os filhos enquanto trabalham.
A autora Amy Wilson pediu: “por favor, parem de dizer que ser mãe é o trabalho mais duro do mundo”.
“Existem ocasiões em que ser mãe é muito mais duro ou exasperante ou monótono ou impossível que qualquer um que não tenha passado por isso possa imaginar. Mas nos pintar como santas altruístas é uma generalização ridícula que permite a figuras públicas bajular as mães sem ofecerer apoio real e elas.”
A esquerda começou com essa patrulha politicamente correta do discurso público e a direita embarcou na burrice ao invés de combatê-la.
Todo mundo sabe que a tal Hilary Rosen não atacou quem é mãe e não atacou dona de casa.
Ela só disse que a mulher do Romney não sabe nada do mercado de trabalho porque ela nunca trabalhou. Só isso.
Nos EUA, como no Brasil, trabalhar significa ter uma atividade profissonal remunerada.
Na polêmica do Rush Limbaugh e nessa agora quem se posicionou bem, na minha opinião, foi o Bill Maher. Fale o que quiser e não peça desculpa só para a patrulha parar de infernizar sua vida. E não fique patrulhando os outros! Concorde ou discorde, não fique demonizando e patrulhando.
Depois que o vaso está quebrado, você pode tentar colar com “crazy glue” e outras coisas mais, mas vai sempre mostrar o defeito.
Depois que ela botou o ovo de avestruz durante os seus(dela) comentários não tem como consertar.
O grande problema é que a representante do Presidente Obama fez um comentário bem estúpido à respeito de Ann Romney.
A correligionária do Presidente botou um ovo de avestruz do qual Obama não quer saber.
Agora Michelle Obama está querendo “limpar a barra”, mas não “cola” mesmo.
Se a ofensa surtisse resultado positivo os Obamas por certo estariam do outro lado.