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Os efeitos da tolerância zero

Por Verena Fornetti
16/04/12 11:04

Prisioneiro no Colorado; foto de Jamie Fellner para o Human Rights Watch

DE NOVA YORK – A política americana de tolerância zero no que se refere à segurança pública tem consequências nem sempre previstas. Uma delas é o aumento da população idosa nas prisões dos Estados Unidos.

O Human Rights Watch, instituto que faz defesa dos direitos humanos, recentemente divulgou relatório mostrando que a faixa etária que mais cresce nas cadeias americanas é a superior a 65 anos. Segundo o centro, cresce o número de homens e mulheres nas prisões que não conseguem subir escadas, alcançar a beliche superior, caminhar até refeitórios, que precisam de cadeira de rodas, que são incontinentes ou que não conseguem se vestir, ir ao banheiro ou tomar banho sozinhos.

“Muitos prisioneiros mais velhos permanecem encarcerados mesmo quando estão muito velhos ou doentes para ameaçar a segurança pública, caso liberados”, diz o estudo.

Alguns números.

Entre 1995 e 2010, o número de sentenciados com 55 anos ou mais em prisões estaduais e federais dos Estados Unidos cresceu 282%, segundo o Human Rights Watch. A população encarcerada no país cresceu 42% nesse período. As pessoas com mais de 55 anos representam 8% do total de prisioneiros sentenciados _124.400 entre 1.543.206. No total há 2,3 milhões de pessoas encarceradas nos EUA.

Entre 2001 e 2007, 8.486 presos com mais de 55 morreram nas prisões. Estão cumprindo pena de cerca de 30 anos 11% dos encarerados com mais de 51 anos.

Para o centro, o crescimento do número de idosos nas prisões é resultado de 30 anos de endurecimento das leis em Estados e na federação, com estabelecimento de penas mínimas, aumento do tempo das penas, penas perpétuas e regras rígidas de violação de condicionais. Também há mais gente cometendo crimes depois dos 55 anos, segundo o estudo.

Para fazer o relatório o instituto visitou 20 prisões em nove Estados no ano passado. Os pesquisadores assinalam que o crescimento da população de idosos pressiona as instituições a se equiparem para oferecer cuidados médicos, como andadores e máscaras de oxigênio.

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Comentários

  1. Eduardo comentou em 17/04/12 at 14:30

    Deixa ver… o velhinho mata, o velhinho rouba, o velhinho trafica, o velhinho estupra; o velhinho comete crimes e vai pra cadeia. Por que o velhinho tem de ser tratado diferente de um criminoso qualquer??? Ou, na falta de uma aposentadoria paternalista do PT ele prefere ser preso e viver as custas do Estado – isto é, as custas dos impostos pagos pela população trabalhadora e honesta.

    • Verena Fornetti comentou em 17/04/12 at 14:59

      Olá, Eduardo. O relatório do Human Rights Watch não defende que os idosos recebam tratamento diferente. Argumentam que os que receberam penas perpétuas ou muito longas não são soltos mesmo quando estão doentes demais para representar um perigo à sociedade e que a manutenção dessas pessoas na prisão pressiona o governo a aumentar o gasto público. Se o governo mantém idosos encarcerados deve fornecer, por exemplo, cadeiras de roda e medicamentos. Acho uma perspectiva interessante de análise, a de mostrar as consequências (práticas, inclusive) da política de tolerância zero dos Estados e da federação.

  2. Andrei comentou em 17/04/12 at 11:22

    Que se exploda os direitos humanos. Pq nao divulgam os crimes que esses velhinhos cometeram, em vez de posiciona-los como coitadinhos. Que mofem la. E se o Brasil nao tivesse tanta influencia dos ” direitos humanos” , que na verdade eh direito para bandidos, estariamos muito mais seguro.

  3. Joe comentou em 16/04/12 at 19:22

    É de partir o coração. Mas o que fazer? Criar asilos para condenados, coisa que o cidadão livre não tem gratuitamente?

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