DE WASHINGTON – Peço desculpas pela repetição do tema, mas o post abaixo, sobre o documentário que retrata acampamentos de sem-teto em Nashville, levou-me a procurar o relatório anual que o governo americano apresenta ao Congresso sobre a situação dos moradores de rua nos Estados Unidos.

Assim como para quem circula no centro de São Paulo é impossível ignorar as condições em que eles vivem, também em Nova York a presença dos sem-teto é constante. Aqui eles estão principalmente nos metrôs _às vezes nos vagões, às vezes nas estações ou nos arredores delas. São majoritariamente negros, homens e pessoas com deficiência.

O último relatório apresentado ao Congresso confirma o que foi captado pelo diretor de “Tent City U.S.A.”, lançado neste mês nos EUA: está aumentando o número de famílias sem-teto. O crescimento foi de 1,2% entre 2009 e 2010 (o número se refere ao ano fiscal americano, que vai de outubro a setembro). Também cresce o número de moradores de rua fora das cidades, em abrigos nas zonas rurais e nos subúrbios _nos EUA subúrbio é lugar de classe média alta.

E a impressão de que em Nova York os moradores de rua estão por todos os lados não é gratuita. Juntos, Califórnia,Flórida e Nova York respondem por 40% de toda a população que mora na rua em todo o país.

A metodologia para fazer o relatório é contar a população de rua em uma única noite (para medir o número de pessoas sem-teto desabrigadas), no mesmo período, em diferentes anos. Os técnicos também analisam dados de entrada em abrigos espalhados pelo país.