Quando as etiquetas não servem
23/04/12 08:45DE NOVA YORK – Nem sempre o discurso político anda na mesma cadência que o sentimento dos eleitores. É o que parece mostrar recente pesquisa do Pew Research, respeitado centro de pesquisa americano. Segundo o levantamento, embora se gaste muito papel e saliva para discutir as tendências de voto dos latino-americanos, cada vez é mais comum encontrar hispânicos que não se definem como tais.
Entre os hispânicos de primeira e segunda geração é comum a resposta de que eles são originários de países de língua espanhola. Mas, entre os hispânicos de terceira geração, 48% se descrevem simplesmente como americanos. Só 28% deles, quando confrontados com a pergunta sobre a origem, citam a nacionalidade dos antepassados.
A língua é um porém: mesmo que se definam como americanos, essas pessoas tendem a se sentir mais conectadas ao espanhol que ao inglês. Mais de 80% dos imigrantes hispânicos e descendentes nos EUA falam espanhol e quase o mesmo percentual afirma que é importante que as novas gerações continuem dominando o idioma.
Para fazer a pesquisa, o Pew Research Center ouviu 1.220 adultos latinos em 50 Estados e em D.C. entre novembro e dezembro do ano passado.