Obama e Osama
02/05/12 14:25WASHINGTON – Barack Obama voou de surpresa ontem para o Afeganistão, sob pretexto de anunciar uma parceria estratégica com o combalido governo de Hamid Karzai e prometer que, mesmo após a saída americana do país, os americanos não deixarão os afegãos na mão. Mas serão os nativos, a partir do fim de 2014, os responsáveis por sua própria segurança.
A oposição _e boa parte da mídia_ viu outro motivo na viagem: colher os louros da ordem que deu, exatamente um ano antes, para matar o terrorista saudita e ex-protegido do Taleban afegão Osama bin Laden. É claro que Obama falou de Bin Laden no discurso. É claro que ele disse que as coisas estão muito melhores (melhores de fato parecem, mas acreditar na tal da alvorada sobre as torres de Manhattan que o presidente prometeu é difícil).
Na ocasião da morte de Bin Laden (até hoje uma ordem dúbia do ponto de vista do direito internacional, embora coerente com a posição americana em termos de Defesa), Obama cantou vitória, mas prometeu que não ia “spike the football”. É uma expressão do futebol americano, significa (mais ou menos) pegar a bola depois de marcar ponto e jogar com tudo no chão (esportistas, me socorram se eu estiver errada). Enfim, significa fazer uma firula depois de marcar, algo considerado não muito bonito com o adversário.
“Obama´não só fez a firula, como assinou a bola, arremessou para a plateia e mandou beijinho”, brincou o colunista Mike Allen, do Politico.
Mike tem razão. Os republicanos também têm razão. E esperem por esse assunto ser amplamente explorado na campanha _afinal, ele deu uma alavancada na popularidade de Obama à época. Não chegou a superar a popularidade que ele tinha quando assumiu, mas serviu para interromper uma trajetória de queda.
O problema nem é tanto querer capitalizar sobre a situação (levante a mão quem acha que um republicano, ou qualquer outro democrata, faria diferente na mesma situação). Mas viajar ao Afeganistão como presidente não é exatamente uma coisa barata, considerado todo o aparato de segurança. E os cofres americanos não estão exatamente com dinheiro sobrando.
Obama quis usar a viagem como o fim de propaganda política,mas não vai ganhar nada com isso. Todos sabem que ele quer “NUMERO UNO” no caso de Bin Laden, mas os membros da SEAL (Marine Corps) sabem que não é verdade.
Leia abaixo e o “site” também
SEALs: Obama Taking Credit for bin Laden ‘Cheap Shot’
http://www.newsmax.com/Newsfront/SEALs-Obama-binLaden-/2012/04/30/id/437580?s=al&promo_code=ECB6-1
Como assim, José, você acha que o Bin Laden está vivo?
Não, mas o Obama quer todo o crédito para ele e se sra. ler o site indicado, vai notar que o governo anterior tem tanta ou mais credibilidade do que ele.
Ele foi lá para fazer uma campanha política que vai custar mais votos para ele do que ganhar.
Cara Luciana, embora eu seja conservador e, portanto, desejo a vitória de Mitt Romney, não obstante acreditar que o mesmo seja, de fato, o mais preparado do que Obama à resolução dos problemas econômicos americanos, e que o Water boarding, enquanto técnica de interrogatório, tenha, de fato, extraído informações que acabaram levando a Osama bin Laden, acredito que a tomada de decisão ao assassinato do próprio Bem Laden, a meu ver, faz com que ele tenha o direito, justo, de tirar partido político disso. Os republicanos tirariam o mesmo proveito político; talvez até com mais intensidade. A Obama o que é de Obama!
Professor Emilson Nunes Costa.
Obs.: Por favor, publica esse e não o de cima.
Professor, concordo que qualquer um fosse colher os louros. A questão é quanto dinheiro gastar com isso. Sério, uma viagem? Como o Joe lembrou, não há sucesso no Afeganistão. Ok, o Bush também se prestou àquele papel ridículo do “mission accomplished” no Iraque. Não é porque todo mundo faz que é certo. Abs.
Posto assim,você tem realmente razão.
Caro Professor,
“A Obama o que é de Obama” disse o Sr. e Eu digo e ao povo o que é do povo”.
Se acordo com !o documentário abaixo nota se que os US$ estão caindo nas mãos erradas.
Por gentileza veja o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=IHwPrXsw0Ag
Além do mais de acordo com o SEAL(de Marine Corps) não cabe somente ao Obama o direito de encontrar o Bin Laden, porque já em 2007 existiam “tracking” para esta direção de acordo com o artigo abaixo:
http://www.newsmax.com/Newsfront/SEALs-Obama-binLaden-/2012/04/30/id/437580?s=al&promo_code=ECB6-1.
Como se pode ver nem tudo que Obama fez neste caso merece todo o crédito para si próprio.
Bill Clinton teve Bin Laden nas mãos e deixou escapar.
O Obama cometeu três erros grotescos no Afeganistão:
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1. Permitiu que o Karzai fraudasse as eleições. Isso matou a democracia afegã e garantiu a instalação de um governo sem nenhuma legitimidade e que depende de apoio externo para não desmoronar.
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2. O general McChrystal pediu entre 45 e 60 mil mais soldados para o esforço de guerra no Afeganistão. Após MESES o presidente Obama resolver mandar 30 mil. É bom lembrar que entre a decisão e a chegada ao teatro de guerra são quase 60 dias: 45 até chegar ao Paquistão pelo mar e mais duas semanas até chegar ao Afeganistão por terra.
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3. Estabeleceu data de retirada das tropas.
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Eu não acho que um trabalho deliberado de sabotagem seria tão bem sucedido quanto a incompetência do Obama. Ele feriu de morte a democracia afegã, obriga as Forças Armadas a trabalharem abaixo de suas capacidades e necessidades (explicitadas pelo general responsável pela condução da guerra) e ainda por cima avisou para o inimigo quando vai sair. Se depender dele, o Talibã vai ganhar a guerra por W.O.
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Mas ele acha que está fazendo bonito!
Ah, você tocou num ponto ótimo, Joe, a questão da corrupção do governo Karzai. Eu concordo. Mesmo que digam que a alternativa seria pior, é complicado ficar tratando como uma coisa legítima e limpa. Sobre a estratégia militar, realmente tenho dúvidas de que um esforço mais intenso resolvesse o problema. Quem foi ao Afeganistão (não é meu caso) gosta de ressaltar que aquilo ali é um terreno totalmente diferente do do Iraque, por exemplo, e que trata-se de uma guerra de guerrilha, com insurgentes (ou terroristas, conforme o caso) infiltrados no meio da população. Difícil saber qual seria a melhor solução. Mas sem dúvida nenhuma não dá para dizer que a missão foi cumprida. Se deviam ter invadido, em primeiro lugar, é outra história. Mas não me parece que estejam deixando o lugar muito melhor do que antes de entrarem. Abs.
Eu acho que a invasão foi correta, sim. Os EUA não podiam deixar o 11 de setembro passar batido.
A negligência do Bush e a covardia do Obama é que foram erradas.
Se os EUA tivessem compromisso com o Afeganistão, a população não teria medo de entregar os talibãs. Mas o afegão que já entendeu que os EUA vão abandonar o país e que o Talibã não desistiu de tomar o país não vai se arriscar ajudando os americanos na guerra contra os talibãs.
Japão e Alemanha não eram democráticos, abertos e muito menos pacíficos. Os EUA mudaram isso com força bruta, planos de reconstrução e deixando claro que o fracasso não era uma opção. Há tropas americanas nos dois países (entre vários outros) até hoje e os EUA não vão deixá-los tão cedo.
Com o Afeganistão foi tudo diferente. Os políticos não deixaram as Forças Armadas trabalharem, não fizeram o que podiam para reconstruir o país e nunca esconderam a vontade de largar tudo. O resultado é esse que a gente vê.
Sobre a eleição do Karzai, acho que ele era a pior opção. Qualquer governo afegão seria dependente dos EUA. Então, não seria melhor um governo eleito honestamente liderado pelo Abdullah Abdullah?
Concordo com a maior parte, Joe. Mas eu estava falando da complexidade afeã em solo, mesmo. Não dá para comparar um país sem estrutura, sem estrutura de Estado, praticamente, com o Japão ou a Alemanha. A minha dúvida é por conta da situação do terreno.
persas abram o olho
o cerco a vcs esta se fechando…
isto nada tem a ver com armas nucleares, liberdade e/ou democracia
se trata tão somente de $$$$$$$$
economias americana e europeia estão naufragando
pesquisar por “peak oil” no google
e entenderão o cerco ao irã