Principais doadores
24/05/12 18:27DE NOVA YORK – O agronegócio americano põe seu dinheiro em Mitt Romney, assim como o setor financeiro dos Estados Unidos. As empresas de tecnologia preferem Obama, assim como os lobistas. É o que sugere o mapa das doações compilado pelo site “Open Secrets”, que divulga detalhes sobre o financiamento à campanha presidencial.
Segundo o levantamento, Obama recebeu US$ 11 milhões de escritórios de advocacia ou de lobistas. Quando consideradas as injeções de recurso por setor da economia, são os que mais contribuíram para o democrata. As doações dessa categoria a Romney somaram US$ 5,1 milhões.
Romney é sustentado principalmente pelas instituições financeiras, pelas empreass imobiliárias e de seguros _o segmento deu US$ 19 milhões ao republicano e US$ 8,4 milhões a Obama. Os doadores ideológicos (por exemplo os que defendem uma causa em particular _por exemplo os direitos dos gays, a igualdade entre os gêneros, e assim por diante) aportaram US$ 3,9 milhões na campanha do democrata e US$ 861 mil ao republicano.
Confira os principais doadores de cada lado (os números levam em conta as doações feitas aos PACs, grupos independentes que têm mais liberdade para arrecadar recursos):
Obama:
1) Microsoft: US$ 348 mil
2) DLA Piper (escritório de advocacia): US$ 297 mil
3) Universidade da Califórnia: US$ 262 mil
4) Sidley Austin LLP (escritório de advocacia): US$ 241 mil
5) Google: US$ 212 mil
Romney
1) Goldman Sachs: US$ 573 mil
2) Bank of America: US$ 399 mil
3) JPMorgan Chase & Co: US$ 394 mil
4) Morgan Stanley: US$ 374 mil
5) Credit Suisse Group: US$ 317 mil
Observação: os números compilados pelo “Open Secrets” não querem dizer que as próprias empresas doaram. O dinheiro veio de membros, empregados ou donos da empresa ou de familiares imediatos de pessoas ligadas à companhia.
E uma curiosidade, para mostrar como o mundo muda: na eleição de 2008, ainda segundo o “Open Secrets”, o Goldman Sachs havia sido o 2º maior doador de Obama, com contribuição de US$ 1 milhão.
É aquela divisão clássica: democratas são os advogados e republicanos os executivos do “big business” – se confirma de novo.
Mas não é colocada muita ênfase nas contribuições? Sugere-se que o eleito governará de acordo com os interesses dos doadores, mas as decisões são sempre resultado de processos muito mais complexos ou for
Sebastião, concordo que as decisões são frutos de processos mais complexos, mas acho que o lobby _e estou falando sem conotação negativa; nos EUA grupos que reúnem sociedade civil também se organizam para se fazerem ouvir_ é um dos componentes desses processos complexos. Muito obrigada pela sua participação no blog. Abraço.