Obamatur
05/07/12 12:00WASHINGTON — Depois de assistir à queima de fogos na noite de ontem aqui em Washington para celebrar o feriado de Independência dos EUA, Barack Obama embarcou hoje em sua primeira turnê de ônibus oficialmente de campanha.
Digo oficialmente porque ele já fez outras muitas no último ano e meio, mas elas levavam nomes bonitos e justificativas nobres como ªver de perto os problemas dos americanosº, “conhecer fábricas com empregos verdes” etc. No Brasil, equivaleria às nossas infames inaugurações de ponte às vésperas de eleição.
Mas, oficialmente lançando a campanha, é só agora que o presidente parte, aproveitando a semana do feriado do 4 de Julho e a amornada que ela dá no ritmo de trabalho (só no ritmo de trabalho, porque os termômetros nessa terra continuam beirando 40°C).
A viagem durará dois dias e tem como destino dois Estados-pêndulo de peso, Ohio e Pensilvânia. Estado-pêndulo é aquele que muda de preferência política a cada eleição, e portanto é disputado voto a voto (lembremos que nos EUA a eleição que vale é a do Colégio Eleitoral, para onde cada Estado manda um lote de representantes que varia conforme seu tamanho e votará, em bloco, no vitorioso em suas urnas, mesmo que essa vitória tenha margem de um só eleitor).
No momento, as pesquisas indicam que o presidente leva vantagem em ambos, com margem de 2,6% no primeiro e de oito pontos percentuais no segundo. Confesso que para mim foi uma surpresa ver tal cenário na Pensilvânia, um Estado cuja renda ainda depende muito da combalida indústria carvoeira, para a qual Obama é um inimigo nefasto devido a suas [mais do que necessárias] regulações ambientais.
Nos dois Estados, o foco do discurso será emprego e indústria, sobretudo a siderúrgica, com paradas no “cinturão do ferro” em Ohio e em Pittsburgh, um dos principais polos, Após a última leva de dados econômicos indicar uma desaceleração brusca da atividade industrial, o presidente deve ter muito a falar.
Segundo a campanha, o presidente vai usar a excursão (batizada de ªApostando na América) para fazer um pouco de corpo-a-corpo com o eleitor e convencê-los de que defende o crescimento econômico do país “a partir do meio”, e não “de cima para baixo”, como diz ser a plataforma de seu rival.
Curioso ver como, nos EUA, nem Obama, chamado de “socialista” tem coragem de dizer “de baixo para cima”.
Ele ganhou em 2008 por desespero e agora em 2012 ele deve aposentar.Fala muito e nao faz nada e vive fazendo promessas.Ultimanente o que ele tem feito e falar do rival mas da Economia nada mas o povo sabe quando vai as compras e tem que pagar mais na luz,cable etc.Se aumentar as taxas aos ricos como eles diz que vai fazer(para agradar ao povo)o emprego vai embora com eles para outro pais(quer dizer isto ja esta acontecendo)estao fugindo das taxas mas ele como e “esperto” continua nesta conversa e assim vai..Ideal e dar uma chance ao Romney e quem sabe tudo volta ao normal.Nesta hora nao e o partido que vale mas sim a inteligencia de quem comanda.
Discordo da parte de impostos, acho que o reverso já foi testado e não criou empregos. Mas de fato é muita promessa. Aliás, dos dois lados. Estou esperando alguém fazer uma proposta realista nessa campanha. Abs.
Como políticos em geral são simplesmente POLÍTICOS e NADA MAIS.
Mr. Utopia Obama passou 44 meses do seu(dele) governo SEM NADA FAZER DE ÚTIL, mas agora para angariar votos ele assina tudo por um punhado de votos.
Somente falta ele se declarar um fervoroso fã do Flamengo e do Corinthians. É o fim da picada!!!!
De fato deveria ter feito mais.
ah com certeza, não é determinante, mas pode (ou não, como diria caetano) ajudar….hehehehe
repare que eu disse que “…depende também….” eu acrescentaria o ‘pode depender também’ do governador, senadores, deputados, prefeitos, não unicamente do candidatos a presidente, saca?
Saco :). Sim, em alguns lugares tem peso. Mas acho que político superpopular está em falta. Abs.
Quais são essas medidas regulatórias ambientais?
Limites para emissão de carbono, controle de poluição da água, delimitação de áreas de extração, essas coisas.
Vc concorda?
Luciana, descobri recentemente que a vitória em um estado depende também (e depois me toquei meio que da obviedade da situação) da atuação do governador do estado (republicano e democrata) e no microcosmo, da prefeitura (idem)!
Depende um pouco, Gustavo, não 100%. Se o governador for extremamente popular ou extremamente impopular, isso pesa. Pesa também a vinculação à campanha se senadores e deputados locais (por isso, por exemplo, o Romney cogita escolher o senador Rob Portman, de Ohio, como vice). Mas não me parece que seja uma determinante. Abs!