Ryan na chapa?
09/08/12 17:13WASHINGTON – Mais adendos ao post de ontem, abaixo. O “Wall Street Journal” defendeu o nome de Paul Ryan. E o “New York Times” notou também, embora eles se abstenham de apostas.
É no mínimo curioso ver tanto barulho em cima do nome do vice. Alguém, afinal, sabe o que Joe Biden fez nos últimos meses? Ou Bush pai, quando era vice de Reagan? Ou AL Gore, pré-fama E pré-ambientalismo, de quem tudo que lembramos nessa fase é a fantasia de Fera, ao lado da mulher, Tipper, como Bela? E o vice de Bush pai, quem era mesmo? (era Dan Quayle).
Sim, havia Cheney, o Sinistro, mas nada me leva a crer que em um eventual gabinete Romney ele se deixe embalar por seu vice como Bush filho se deixou pelo seu.
A verdade é que, salvo um acidente com o presidente, o nome do vice só importa nessa hora: na cédula. E isso para 3 em cada 4 americanos, segundo pesquisas, embora apenas 1 em cada 4 se importe muito com isso.
Ah, sim, o vice é o presidente do Senado, chamado na eventualidade de um voto de Minerva. Mas isso é tão raro que não dá exatamente para chamar de “função”. A série “Veep”, da HBO, que traz a incrível Julia Louis-Dreyfus como uma vice ambiciosa e ignorada, que preenche seus dias com discussões com a filha e o namorado secreto, pitos nos funcionários aparvalhados e visitas à sorveteria, além da eterna espera por uma ligação presidencial que nunca vem, é perfeita.
Por outro lado, Ryan — ou Rubio, ou Rob Portman, ou Tïm Pawlenty — estará a um passinho do Salão Oval. Ou a uma batida de coração, como se diz por aqui.
Mas disso poucos parecem se lembrar. O que conta é o momento Oscar, que a oposição tenta capitalizar agora. Aproveite o momento, Mr. Ryan.