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Eleição nos EUA

Decisão em tempos de crise

Perfil Como os americanos votam. E o reflexo no Brasil, por Luciana Coelho

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O peso de Paul

Por Luciana Coelho
15/08/12 17:49

Mitt & Paul, amigos para sempre (foto: Reuters)

WASHINGTON – Uma pesquisa do Gallup nesta semana para o jornal “USA Today” mostrou que 42% dos americanos acham que Paul Ryan é uma escolha “meia-boca” como vice de Mitt Romney na chapa republicana deste ano, enquanto outros 39% acharam ótimo.

Dada a divisão partidária no país, esse resultado não diz muita coisa. O que me chamou a atenção na pesquisa foi a capacidade de mobilização de Ryan: 36% dos eleitores republicanos disseram ao Gallup que se sentem mais inclinados a votar em Romney por conta do novo vice. Com Sarah Palin, em 2008, foram 30%.

O que mais? Por outro lado, o “USA Today” lembra que menos da metade dos americanos (48%) acham o deputado de Wisconsin qualificado para ser presidente, caso algo ocorra com Romney — é o pior resultado tirando Palin e Dan Quayle. Divisões partidárias à parte, tanto Romney quanto o presidente Barack Obama vão bem nesse quesito.

Por que, então, Romney escolheu Ryan? Todos os relatos indicam que o nome do vice foi uma escolha essencialmente do candidato, ao contrário do que ocorreu da última vez. Ele não era a opção preferida de seus assessores, e tampouco é um nome difícil de atacar para os democratas. É mesmo?

A resposta em que pensei tinha até me animado: Ryan, concorde-se com ele ou não, é capaz de dar substância ao debate sobre orçamento e cortes. Ele apresentaria seu projeto, os republicanos argumentariam a favor, e os democratas argumentariam contra, expondo ambos os lados sua plataforma.

Mas não foi o que aconteceu. Passados cinco dias do anúncio, a campanha continua centrada nas baixarias e trocas de acusações.

Romney, nesta quarta, acusou Obama de lançar uma “campanha de ódio”, enquanto o lado de Obama continua acusando os republicanos de promoverem uma “campanha nojenta”. E dá-lhe imagens assustadoras de ambos os lados, pouco apoiadas em fatos reais.

Se não era para acrescentar dimensão ao debate, então, eu me pergunto: estariam os republicanos justamente talhando Ryan para uma candidatura bem sucedida à Presidência no futuro?

O estatístico Nate Silver, do “New York Times”, fez uma análise a respeito (não política, numérica) e concluiu que se Romney ganhar ou perder por pouco Ryan teria boas chances no futuro (sim, por que não dá para ter Romney DE NOVO se ele perder, certo?). O próprio candidato, em um lapso ou ato falho, chegou a apresentar seu parceiro de chapa como “o próximo presidente”.

Enquanto isso, ainda temos uma campanha pela frente, as convenções partidárias vêm aí, e esperemos os dois lados acrescentarem algum conteúdo ao debate que vá além das frases de efeito e do debate genérico Estado grande X Estado pequeno. Em tempos de crise e disparidades crescentes, a discussão merece bem mais nuances do que isso.

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Comentários

  1. Mario Barbosa comentou em 21/08/12 at 10:51

    Fiquei triste que o Marco Rubio não tivesse sido escolhido. Esse daí, sendo da Flórida, pelo menos sabe que a América Latina existe…

    • Luciana Coelho comentou em 21/08/12 at 12:04

      Alguns analistas conservadores que eu ouvi ainda consideram o Rubio um pouco verdes, Mario. Mas acho que ele tem boa chance em 2016 (se o Romney perder) ou 2020 (se ganhar). Mas que a América Latina é uma nota de roda pé hoje no programas de ambos os candidatos isso é. Abs

      • José Schuster comentou em 23/08/12 at 7:33

        Com os problemas financeiros que tem os EUA as prioridades do candidato Republicano é ajustar esta parte.
        O único envolvimento da América Latina e em especial o México que pode ser visto pelos candidatos e em especial Romney é a entrada de “ilegais”.
        Parece que o atual Presidente nos 4 últimos meses está “relaxando” esta tarefa com fins de obter votos “latinos”.

        • Luciana Coelho comentou em 23/08/12 at 17:14

          Que tarefa, de expulsar ilegais? Acho que imigração é um tema secundário na campanha de ambos os lados, e relações exteriores, sobretudo com a América Latina, parece vir lá pela 18a. prioridade.

          • José Schuster comentou em 24/08/12 at 11:59

            Imigração é fator importante SIM, para os EUA.
            Existem muitos US$ saindo do país e em especial para a América Latina. Isto afeta a economia e muito, além dos US$ investidos para suportar todos esse ilegais.
            É tanta baixa prioridade para o Obama, que aquilo que ele poderia ter feito há 3 anos atrás ele esperou para fazer nos últimos meses do seu termo.

  2. José Schuster comentou em 19/08/12 at 6:22

    Que acha que ele é uma escolha “meia boca” deve ser associado com o Obama. Joe Biden por exemplo é uma “EXCELENTE” escolha para Obama, que é tão inútil como o seu(dele) VICE.

    No entanto com a nova lei do Mr. “Utopia” Obama os EUA vai ficar como qualquer pais da América Lat(R)na um vedadeiro “Bordelo”veja site anexo.

    http://www.newsmax.com/US/immigration-bus-undocumented-convention/2012/08/18/id/448999?s=al&promo_code=FCA7-1

  3. Gene Lobato comentou em 18/08/12 at 16:26

    o peso de Paul estah na sua aparencia de treinador de academia e em sua aparencia de “garanhao.”

  4. Jonas comentou em 15/08/12 at 19:06

    Caso o Obama vença, como deve acontecer, os republicanos terão um grupo grande de postulantes relativamente jovens disputando a vaga de 2016: Ryan, Rand Paul, Marco Rubio, Chris Christie, talvez de novo o Jon Huntsman. Todos com vários defeitos, mas ainda assim melhores do que Romney, Perry, Santorum, Bachmann, Cain…

    • Luciana Coelho comentou em 15/08/12 at 19:39

      Só posso concordar, Jonas! abs!

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