Estupro engravida
20/08/12 21:12WASHINGTON – A convenção republicana começa na segunda que vem, e o partido estava numa boa onda com a nomeação de Paul Ryan dominando o noticiário e ditando um ciclo de cobertura (apesar de todas as críticas ao plano orçamentário do deputado/candidato a vice).
No domingo, porém, o baixo clero republicano resolveu meter os pés pelas mãos (ou, como diz a expressão em inglês, o pé na boca).
Todd Akin, um candidato ao Senado pelo Estado do Missouri, disse em uma entrevista ao canal local da rede FoxNews que “estupros legítimos raramente levam à gravidez”. A pergunta do entrevistador, que falava de aborto, era se a interrupção da gravidez deveria ser aceita em casos de vítimas de violação sexual.
Akin saiu com essa resposta estapafúrdia que (1) divulga uma informação médica errada, como se o corpo da mulher tivesse algum poder de, sozinho, evitar uma gravidez e (2) condena as vítimas de estupro que engravidam — o que Akin quis dizer? Que se a mulher engravidou num estupro ela gostou, e por isso não foi tão estupro assim?
Tanto engravida que em muitas guerras é usado até como arma, em um requinte de crueldade e humilhação final da faxina étnica.
Cada um tem sua posição sobre o aborto, ok, e ele poderia defender a deçe sem baixar o nível (um argumento comum de quem é contra aborto em casos de estupro é o de que o estuprador, e não a criança, deve ser punido). Jogar a culpa para cima da mulher quando ela é vítima de violência é de uma covardia e uma mediocridade inomináveis.
Os próprios republicanos se revoltaram com o candidato, pressionando-o a abandonar a disputa e ameaçando-lhe cortar o financiamento. Ele não aceitou. Pediu desculpas pelas declarações, mas diz que continua no páreo. Por ora, Akin lidera. Mas não com grande margem. Uma declaração assim pode virar o jogo, e até, segundo alguns analistas, enterrarem a chance republicana de dominar o Senado (embora ela seja menor do que a de controlar a Câmara).
O noticiário também não foi favorável para os representantes (deputados) republicanos novatos. O site especializado “Politico” revelou na noite de domingo que um grupo deles, acompanhado de assessores, se jogou no mar da Galileia após uma noite de excessos alcoólicos, durante uma visita a Israel no ano passado.
É um local sagrado para judeus e cristãos, e o mergulho — alguns chegaram a tirar peças de roupas, e um dos congressistas se despiu totalmente — foi considerado ofensivo. Os deputados estavam ali a trabalho, em viagem paga, e não em férias.
Claro que esse tipo de gafe não é monopólio republicano, nem americano. Mas a cena da Galileia levou a própria cúpula do partido a se perguntar que tipo de instrução os novatos estão recebendo, e o que decoro parlamentar significa para eles.
Ao ser indagada na CNN sobre o assunto e também sobre políticos democratas que cometeram gafes semelhantes (semelhantes à da Galileia, porque a do estupro não é uma mera gafe) — como o deputado que andou enviando fotos pelado para mulheres que não pediram –, a estrategista democrata Donna Brazile simplesmente perguntou: “Você viu o índice de aprovação do Congresso em geral? Tem uma razão para isso.”
No último dia 14, o Gallup registrou o pior índice de todos os tempos: 10%.
Piores que os republicanos só mesmo os políticos brasileiros, que estupram o povo diariamente com impostos, roubalheira, mensalão e corrupção.
eu gostária de saber o final do julgamento,quando acontecerá pois Lula está muito tranquilo,e a vida toda risada será que vai da em pizza. Sou brasileiro,espero poder acreditar no meu país.