O peso da gafe
20/09/12 08:29WASHINGTON – Variando entre o estupefato e o embevecido, alguns jornais e sites americanos tentam enterrar a candidatura do republicano Mitt Romney por conta de sua incontrolável língua. A mais de seis semanas da votação, porém, veredictos são precipitados (quando não wishful thinking do colunista).
É fato que a língua e a falta de tato Romney lhe custarão votos. Quantificar é chutômetro. Dificilmente os comentários do candidato no vídeo do post abaixo vão demover um conservador de votar nele — um conservador socialmente sensível, talvez, mas há boa chance de que este já estivesse persuadido a simplesmente não votar.
Li muitas críticas da direita a Romney, e endosso aquelas sobre o erro que é estimular a polarização. O candidato também se viu às voltas com perguntas de seus doadores (a ponto de a campanha ter, segundo o “Wall Street Journal”, convocado uma teleconferência para explicar como prosseguirá). Obama & cia ganharam uma arma para usar em comerciais.
Mas quanta gente mudaria de ideia sobre o candidato? Ou o vídeo só ajudou a arraigar percepções? Romney de fato alienou uma fatia expressiva do eleitorado independente E indeciso, tão minguada em uma eleição polarizada assim?
O Gallup fez uma primeira tentativa. Em pesquisa-relâmpago com 885 eleitores na terça, aferiu que 29% dos independentes (que são 40% do eleitorado do país) se tornaram MENOS inclinados a votar em Romney após os comentários, enquanto 15% se tornaram MAIS inclinados.
Como o instituto avalia que nas fileiras partidárias os votos já estão fechados mesmo (inclusive o daqueles que votam contra o candidato do próprio partido), são esses independentes que contam. Estamos falando de uma diferença de 14 pontos percentuais dentro de 40% do eleitorado, o que equivaleria a uma margem de 5,6 pontos do total. Se considerarmos que 60% destes votem de fato (em linha com os índices médios de participação em eleições presidenciais), são 3,36 pontos.
Não é uma vantagem desprezível em eleição tão acirrada — os candidatos estão tecnicamente empatados na maioria das pesquisas, embora Obama comece a se descolar da margem de erro em algumas delas e a consolidar uma pequena vantagem. Em 2008, o democrata venceu o republicano John McCain por sete pontos, algo impossível de se reproduzir neste ano até para o mais otimista dos estrategistas democratas.
Só que essa matemática toda é duvidosa.
Primeiro, é preciso ver onde estão esses eleitores independentes. Se estão em Estados já convictos sobre sua preferência democrata ou republicana, a margem é insuficiente para virar o jogo. Seria preciso que eles estivessem todos em Estados-pêndulo, aqueles que oscilam entre um partido e outro a cada eleição, para fazer diferença — algo estatisticamente improvável.
Segundo, é preciso ver quem de fato vai votar. Usei 60% na conta por ser o patamar histórico — é possível que com o moral do eleitor tão baixo, menos gente vote, sobretudo entre os descomprometidos com os partidos.
Terceiro, a memória é curta. É provável a campanha de Obama faça o possível para manter o episódio fresco na cabeça de todo mundo, mas, a 48 dias da eleição e com um ciclo noticioso tão frenético, vai saber o que acontecerá e de que cada um lembrará na hora de encarar a urna.
Por fim, a pesquisa não afere, entre os independentes, quantos dos que se disseram mais propensos já iam votar em Romney mesmo, e quantos dos que já o rejeitavam se disseram menos inclinados ainda.
O problema republicano então passa a ser outro: convencer os doadores de que Romney ainda tem chance no páreo (porque cofre seco mata qualquer campanha) e convencer seu eleitor cativo a não desanimar (porque voto nos EUA é optativo). A equipe de campanha tem focado nisso — inscrita no site de ambos os candidatos, recebi uma enxurrada de e-mails de cada lado tentando me persuadir da importância/desimportância do vídeo.
Vai colar? Não sei. Só arrisco uma previsão: a gafe de Romney, queira ele ou não, aumentará o peso da propaganda dos dois lados nesta campanha. E diminuirá o da política em si.
na Minha opinião o povo americano possue uma caracteristíca republicana.
e a política dos EUA , balanceia o mundo
assim como e nutricionista balanceia as
refeições, fosse eu norte americano meu
voto seria do Romney.
Luciana,
Parabéns pelo blog. As eleições americanas provocam discussões aqui e aí e refletem o posicionamento das pessoas que acompanham o processo. O que acho interessante é perceber como tem muita gente que confunde polícas sociais e direitos sociais com o “socialismo real” e muito menos com o socialismo como uma possibilidade de uma sociedade democrática.
Obrigada, Maria. Pois é, eu acho que o Reagan hoje seria considerado “socialista” por ter subido impostos… Abs.
Para entendermos o pleito americano temos que nos embasar no processo histórico, político e econômico que alicerçou os partidos democrata e repuclicano. Ademais, entender que grandes corporacões alimentam as campanhas e querem retorno depois.
Perfeito, Walber. E o mais interessante é ver como os partidos trocaram de papeis ao longo do último século e meio. Abs.
Ola Luciana,
O periodico “The New York Times” de hoje(21/9/2012) tem uma pequena materia sobre candidatos e suas gafes mostrando o quanto fica dificil depois de meterem os pes pela boca ganharem a Casa Branca. Principalmente nos dias finais de uma campanha. No grupo mencionado pelo periodico, o proprio pai do candidato Mitt Romney, o senhor George w. Romney mencionando que quando voltou da guerra do Vietna teve uma total lavagem cerebral fez com que o candidato democrata na epoca, o senhor Eugene McCarthy respondesse: “Uma simples lavagem leve seria o suficiente.”
O candidato republicano tem serios problemas comecando pela maneira como ele e visto pelo eleitorado(branco) de areas rurais conservadoras que ele esta tentando as duras penas conquistar.
Ao afirmar que quase metade da populacao do pais e folgada ele alienou muitos dos mais ferrenhos republicanos. Estes eleitores ofendidos pelo que ele disse certamente nao votarao em Barack Obama, mas ha grande chances deles nao votarem nesta eleicao. Benificiando com isto o candidato democrata.
Os problemas de Mitt Romney nao param com somente esta gafe. O dinheiro arrecado por ele para sua eleicao tambem esta sendo usado pelo partido republicano para a eleicao de senadores este ano. Varios senadores em disputas acirradas tambem estao se distanciando do ex governador. Em outras palavras, varios politicos estao abandonando a embarcao furada do candidato republicano.
De acordo com o periodico, Barack Obama tem mais de 200 colegio eleitorais(ele precisa de 270). Em menos de 2 semanas acontecerao os debates. O partido democrata continuara usando este video contra Mitt Romney da mesma maneira que um lutador de boxe bateria no rosto do seu oponente que esta sangrando no rosto ate este nao ver mais de onde vem os golpes.
Na vejo chance alguma do senhor Mitt Romney recuperar-se deste tiro no pe feito com um enorme trabuco. Esta eleicao esta decidida a favor do candidato democrata.
Edson, acho que 45 dias é muito tempo, Romney pode se recuperar, sim. Mas ele vai precisar ir MUITO bem nos debates e terá de torcer para que os dados da economia piorem, e não melhorem. Abs;
Luciana,
Por tudo que voce tem acompanhado, voce acredita mesmo que o senhor Romney tem condicoes de ir MUITO bem nos debates?
Nosssa! torcer para que os dados economicos piorem? Acha que isto realmente passa pela cabeca dele?
O senhor Romney ira perder esta eleicao por nao ter uma plataforma de governo coerente, por sua ignorancia de politica internacional, por nao ter carisma, e por ultimo, por ter alienado uma grande parte do eleitorado medio norte americano com suas declaracoes elitistas.
Acho que ele pode ir bem, se não apostar US$ 10 mil com ninguém. Sério, piadas à parte, acho que ele pode ir bem. Romney não é inepto. O problema é que ele precisa ficar mais à vontade consigo mesmo e dizer como é que vai resolver os problemas do país, em vez de martelar uma promessa ampla de cortes. Edson, você acha que candidatos — de qualquer lado — não torcem por dados ruins, numa reta final de campanha, só para verem o adversário mal? Talvez eu seja cínica demais então. Abs.
A midia politicamente correta do EUA, socialistas sem saber, estão tentando criar um “fato”, estão tentando criar uma “gafe”, e fazem isso com a costumeira desenvoltura nessa área desse pessoal.
Parece que Romney falou o que falou em um quarto fechado para algumas pessoas e tinha um microfone escondido que captou o que ele falou!
Entretanto, Romney emitiu essa sua opinião em um evento aberto dos republicanos e onde estavam centenas de pessoas inclusive a midia, ele não falou em segredo, falou publicamente.
E não falou nenhuma barbárie.
Falou verdades que muitos não gostam de ouvir.
O Hamas, grupo que governa os palestinos em Gaza, é declaradamente a favor da guerra e não da paz.
O Hamas tem em seu estatuto como premissa fundamental – a destruição de Israel e a não aceitação de que exista um estado judeu.
Então, quando Romney disse que os palestinos não querem a paz, ele disse a verdade, e apenas aqueles que querem mascarar a verdade podem querer transformar isso em uma “gafe”. ou algo errado.
Depois que esquerdistas e socialista tomaram o poder no Partido Democrata a política no EUA ficou semelhante a dos latinos… uma coisa onde a ética e a honestidade passam longe.
Franze, mas o que ele falou sobre os palestinos tem sido a posição do Partido Republicano nos anos mais recentes, concorde-se ou discorde-se dela. Não é isso que está sendo questionado por causa do vídeo. Tampouco é a defesa que Romney faz do enxugamento e dos cortes no sistema de benefícios sociais, que também é parte da plataforma.
O que está sendo questionado é ele afirmar que 47% dos americanos “se faz de vítima” e “depende do sistema” — um discurso que divide o eleitorado em dois, os “folgados” e os que “trabalham”. Sendo que o mesmo instituto que ele usou para tirar a cifra, apartidário, mostra que mais da metade desses 47% — ou 28,3% do total — pagam impostos na fonte. Dos 18,1% restante, 10,3% são idosos que contribuíram em idade ativa e 6,9% estão abaixo da linha de pobreza e portanto abaixo do patamar para a alíquota mínima. Menos de 1% não paga impostos e não está em nenhum desses grupos — incluindo famílias com renda superior a US$ 1 milhão ao ano e que se beneficiam de isenções como as criadas pelos governos Clinton e Bush. Essa informação está no “Wall Street Journal”, uma publicação que não tem nada de socialista. Abs.
olá Luciana
Sobre isso Romney pode ter exagerado um pouco na % mas a realidade é que em vez de gerar emprego para cada pessoa se sustentar com seu trabalho Obama está fazendo o clientelismo típico de socialistas, muita gente hj no EUA quer a ajuda do governo, querem ajuda para ter casa, para ter plano médico e até para se alimentar, ou seja, querem o estado tirando dos ricos e dando para os pobres…. não foi desta forma que o EUA se tornou uma grande nação, foi com muito trabalho. Essa é a típica ação de socialistas q levam as nações socialistas sempre a falência.
Franze, não acho que ele esteja fazendo clientelismo. Acho que a crise criou mais pobres mesmo, e houve uma necessidade natural de expansão da seguridade social. Se eu fosse presidente dos EUA, porém (hahahaha), colocaria limites temporais para essa expansão. Como foi feito no caso do seguro desemprego, houve uma expansão temporária para dois anos, e depois voltou a ser de seis meses. Anyway, isso é uma visão pessoal. O problema do discurso do Romney, para mim, não é condenar a expansão dos benefícios sociais, nunca foi. Isso é totalmente coerente com a plataforma republicana. O problema é delinear (ou alimentar a imagem de) uma sociedade de nós X eles. Isso faz sentido para ativistas, mas não é o que se espera de um presidente. Um presidente não pode se colocar contra metade (ou uma parcela grande) da sociedade.
Se ele acredita que os benefícios são exagerados ou um erro, ele tem de continuar insistindo no discurso de que quer dar essas pessoas condições de conseguirem aquilo que precisam para sobreviver sem a ajuda do governo, dizer que vai melhorar a economia etc. Mas não me parece que polarizar ainda mais vai ajudar a elegê-lo e, menos ainda, a curar as feridas políticas que estão se abrindo no país (não só por culpa dos republicanos). Abs.
Luciana, a “crise” (2009) foi setorial, nela os “pobres” nada perderam, eles simplesmente não pagaram mais as hipotecas das casas que compraram (sem terem condições de pagar) e passaram o problema para os financiadores que por sua vez o passaram para as seguradoras, quem perdeu foram as seguradoras e não os pobres.
Os pobres no EUA aumentaram, se é que aumentaram, por causa da grande entrada de imigrantes latinos ilegais no EUA
O PIB do EUA nos últimos anos, 2008, 2009, 2010, 2011, foi de 14,260, 14,120, 14,660, 15,290 respectivamente, e o PIB per capita nestes mesmos anos foi de 46900, 46800, 47800, 48100.
Fonte: Index Mundi.
Então, diante destes dados – não existe crise alguma.
Em vista disso, não existe razão para serem distribuídos milhões de seguros para supostos pobres.
Quem, desde o início, vem alimentando uma “luta” entre pobres x ricos no EUA é Obama e não Romney.
É Obama que está querendo “ajudar os pobres” e cobrar impostos de ricos.
Quem está querendo forjar uma “luta de classes” dentro do EUA são os “think tanks” que pensam por Obama e não Romney.
Essa mesma “luta” já foi colocada na eleição passada.
O discurso inicial de Romney foi exatamente o de melhorar a economia, essa bandeira de melhorar a economia é histórica no pensamento republicano.
Acontece que a turma do Obama está forçando o tema da campanha para o lado ideológico, para a luta entre pobres x ricos.
Este tipo de “luta ideológica”, muito comum na França e nos países latinos, e que no EUA nunca existiu, mas, agora existe, ainda está sendo assimilada pelos republicanos que não estão acostumados a lidar com isso…
Os republicanos terão que aprender a lidar com isso porque é isso que irá dominar daqui para a frente no cenário político no EUA, a tradicional disputa por princípios democráticos e econômicos entre democratas e republicanos ficou no passado.
abs.
Ok, duas coisas: um, concordo com você que o Obama também tem um discurso que força o “ricos x pobres”, embora eu ache que em momento nenhum ele tenha feito isso de forma tão clara como o oRomney fez nos “47%”. Acho que não ajuda nada. Sobre a crise não ter deixado os pobres mais pobres, o que eu disse foi que ela criou pobres. Muita gente de classe média perdeu casa — ou perdeu o valor da vasa, porque morava em áreas com muitos foreclosures e essas casas se desvalorizaram. Muita gente perdeu o emprego. Então não acho que a crise tenha apenas aprofundado o fosso, ela jogou mais gente dentro dele. O que eu acho é que aqui ela não avançou de uma forma tão capilar, e não abalou a psique da população, tanto como na Europa, claro. Abs.
A força da midia em formar apiniao é extraordinaria em mentir tambem, dizer que atender uma parte da população mais pobre , contribuir com maiores oportunidades é socialismo, entao o Canada, França, Inglaterra, Brasil é socialista o que é uma piada, os democratas tentaram fazer um plano de saude universal e somente agora com Obama conseguiram ainda pela metade. quando os republicanos enterraram o país em dividas, saindo da estabilidade com Clinton e 12 anos dos republicanos deixaram com 2 trilhoes de deficit, assim o Obama ganhou a eleição, não foi facil um negro ser presidente, so mesmo lá o estado compra as empresas e os antigos donos continuam mandando e limpando os cofres., esse é o espirito do capitalismo o dito selvagem que impera no USA, com discurso o que voce pode fazer pelo país.
Sergio, sempre me pergunto como podem chamar o Obama de “comunista” ou “socialista”. Pode-se questionar se as políticas dele são ou não as mais adequadas, mas socialismo — e comunismo — é outra coisa. Essa reforma da saúde é socialista onde? Mandar as pessoas comprarem seguro-saúde lá tem algo de comunismo? Ele com certeza está à esquerda dos republicanos, e à esquerda de um Clinton, por exemplo, mas isso não o torna imediatamente socialista. Aliás, é incrível como termos como “socialista” ou “conservador” são usados como se fossem ofensas. Abs.
França e Brasil são socialistas, possuem o “novo” socialismo politicamente correto.
A França está sendo governada pelo partido socialista.
O Brasil está sendo governado por uma socialista;
O Brasil tem maioria de ministros comunistas.
O governo em vez de criar empregos para cada pessoa ter uma forma digna de se manter com seu trabalho expandiu o BF e o dá para 13 milhões de famílias (40 milhões de pessoas).
E essa bolsa foi inventada pela “oposição” q tb é socialista. No Brasil a “direita” foi extinta.
Acho complicado ver distinções claras no Brasil porque ambos os lados abrem mão de sua suposta ideologia a qualquer momento em nome de alianças eleitoreiras. Não é a direita (ou a esquerda) que foi extinta, é o conceito de ideologia partidária que está sucumbindo. De qualquer forma, prefiro não usar o blog ara falar de política brasileira, temos blogueiros e colunistas na Folha e fora dela mais qualificados do que eu para tratar do assunto. Sobre “comunistas”, a palavra já soa anacrônica. E, convenhamos, Obama está à direita de Dilma e Hollande (sem juízo de valor aqui). Abs!
A minha entrada no assunto “Brasil” foi devido ao que o Sergio escreveu, ele disse:
“dizer que atender uma parte da população mais pobre , contribuir com maiores oportunidades é socialismo, entao o Canada, França, Inglaterra, Brasil é socialista o que é uma piada,”
Não concordo, uma vez que no Canadá e Inglaterra não existe o que existe na França e no Brasil, e a França e o Brasil são governados por socialistas.
Não vejo Obama à direita de Dilma e Hollande…
O que Obama está querendo fazer no EUA é o mesmo que Dilma está querendo fazer no Brasil.
Se buscarmos comparação com líderes do passado, tais como Kennedy, Reagan e Thatcher, JK, veremos Dilma, Obama e Hollande juntos do mesmo lado.
abs.
Ah, não, fique à vontade para comparar com o Brasil. Eu é que acho que o papel não cabe a mim. O que especificamente você acha que no Canadá e na Inglaterra não existe? O que eu vejo nesses países — veja, o Reino Unido, até a eleição dos tories, com o Cameron, estava com os trabalhistas; a França até *ontem* era governada pelo conservador Sarkozy — e não nos EUA é que não há promessas de desmonte da estrutura social – ou inchaço, na outra mão – de acordo com o governo de turno. No que especificamente você está comparando o Reagan e a Thatcher com os líderes atuais, na expansão do amparo social? (é uma pergunta honesta, mesmo). Abs.
Sr. Franze, as midias dos dois partidos amer-
canos são sempre como João Grilo, levam cantadas,contam mentiras ou pedem perdão. É normal em Washington.
Gov. Romney tem outro problema agora..ele
não jeito esconder seus sentimentos, resen-
timentos como ” o talentoso Bill Clinton…
isso é fato.
Infelizmente é fato que o comentario de
Romney mudou o páreo político. Agora, Gov
Romney está no páreo com Gov. Romney.
Nossa ! Onde é Carl Rove ?
Ron, Peggy Noonan escreveu uma coluna implorando para trazerem o James Baker para a campanha. O Baker, diz ela, acredita que um candidato não pode mandar na própria campanha. Abs!
Ron, de fato o EUA hoje não é nem sombra da grande nação que emergiu no início do século XX, o PD se tornou um antro de politicamente corretos que querem mudar o mundo e andam bombardeando nações (Líbia) com a intenção de “transformar” o mundo, o PR também não é mais o mesmo e foi dominado pela religião.
Sobra no EUA eu acredito 20% de “indecisos”, desta forma, aconteça o que acontecer, na minha opinião, quem vai votar em Obama e quem vai votar em Romney já está certo por ideologia, resta apenas saber em quem vão votar os “indecisos”.
Na minha opinião o EUA caminha para um confronto sério, pois ambas as partes são radicais.
Gostaria de deixar registrado minha grata surpresa ao ler a matéria e os cometários. É bom saber que em meio a tanta futilidade ainda é possível encontrar pessoas que sabem expor suas opiniões de forma civilizada. Abraços
Obrigada, Ernandes. Em geral o leitorado deste blog comenta muito bem, inclusive quando critica. Abs e volte sempre.
Obrigado Ernandes!
Nooooossa. Estou estupefato não imaginava que pudesse existir um “blog” de nível tão alto e de qualidade. Fiquei sem palavras… Me perdoe.
Estou genuinamente emocionado, feliz e satisfeito.
Imaginava eu que estivesse só rodeado por ignorantes espertalhões.
Vou torcer para você não estar sendo irônico, Marcelo. Obrigada pela leitura, de qualquer forma. Tem um monte de blogs bem feitos por aí, recomendo os dos meus colegas correspondentes — Sylvia Colombo, Fabiano Maisonnave, Fernanda Ezabella, Marcelo Ninio, Raul Juste Lores, Luisa Belchior, Samy Adghirni e Rodrigo Russo. Abs.
Acredito que, apesar de a disputa ser acirrada, o Obama vencerá as eleições. Sei que ainda podem acontecer muitas coisas até o dia 6 de novembro e que é impossível ter certeza do resultado antes dessa data. Mas cada vez que Mitt Romney abre a boca, tenho mais medo do que pode acontecer caso ele vença.
Por ora o Obama está na frente nas pesquisas, Ana, mas a margem é muito pequena. Abs.
Moro na California e vou votar pela primeira vez. Vejo uma grande mobilizacao das minorias para o registro do voto e assim reeleger Obama. Mesmo que os republicanos voltem a se interessar para votar creio que sera tarde demais. Para votar voce tem que se registrar antecipadamente. O dia da eleicao e’ um dia normal de trabalho. Voce tem uma ou duas horas para sair votar e voltar a trabalhar.
Pois é, Mauricio, por isso muita gente aqui nos EUA não vota. Do lado de cá do país tenho acompanhado esforços intensos dos dois partidos para registrar novos eleitores. Em alguns Estados, é possível se registrar antes de votar (embora essa prática venha sendo coibida por lei em vários deles). Abs.
Desejo saber o que significa wishful thinking,no contexto do seu artigo e a tradução literal, já sei que a grafia esta incorreta, pois os seu leitores que sabem inglês são rápido no gatilho, obrigado Luciana
Oi, Luciana, agora a grafia está correta porque os leitores avisaram e eu corrigi. “Wishful thinking” é a manifestação de um desejo de que algo se realize (“thinking” significa modo de pensar ou pensamento, e “wish” significa desejo/ wishful seria algo como “desejoso”). É você dizer ou escrever ou acreditar em algo mais por querer que aquilo aconteça do que por ser um fato concreto. Por exemplo: se eu disser hoje que o Brasil vai ganhar a Copa, é mais “wishful thinking” do que uma probabilidade concreta. Abs!
Tenho observado ultimamente a expressão “gafe” está sendo usada para se referir a falas Romney. Por que gafe, se o que ele fala é direitinho o que pensam os republicanos?
Bolívar, tem razão, fiquei pensando nisso após usar “gafe” no título (fiz a opção por uma palavra curta). Mas de fato não foi algo dito sem querer, tampouco um ato falho (independentemente de se achar a posição correta ou não). Não vou mais usar “gafe” para me referir a esses comentários do candidato. Abs.
Minha observação foi sobre a utilização um tanto difusa na mídia, de modo que a expressão acaba sendo tomada emprestada mais pelo “efeito repercussão” e menos pela concordância de que se trata mesmo de gafe do candidato republicano.
Você acha que o termo está banalizado, então? Pode ser. Acho que nós, jornalistas, deveríamos mesmo ser mais atentos antes de utilizá-la.
Bolivar, você observou bem,
Na minha opinião o termo foi introduzido intencionalmente na midia (não pela Luciana, a autora do tópico, claro), essa forma de “expressão” é muito comum atualmente, os politicamente corretos a usam rotineiramente quando querem implantar um “conceito” na midia. O que acontece é que muita gente não vai ver a fundo como as coisas aconteceram…. e embarcam na de que Romney cometeu gafe, volto a dizer, não é o caso da Luciana autora do blog, ela já explicou.
Concordo. E, de qualquer forma, não vou mais me referir a isso como “gafe”. Abs.
Acho que Romney selou sua derrota.
A tendência é perder mais votos a cada dia que passa, porque as explicações além de não convencer ou deixam ainda mais descrente perante o eleitor.
Pode ser, Olivio, mas me parece ainda cedo para algo tão definitivo. Tendo a achar que o Romney alienou uma boa parte do eleitorado, mas uma boa parte que já não votaria nele mesmo. O problema para ele será se sua base começar a acreditar que ele de fato não dará conta do recado e desanimar de votar. Esse é o risco. Abs.
O ruim desse episódio é que Romney irá ficar tão pasteurizado quanto Obama.
Ninguém mais sabe o que pensam os candidatos depois que inventaram os marketeiros e a imprensa enviesada.
Tivemos um Obama morno com sua família midiática e assim continuará no segundo mandato.
Tamar, excelente observação. É exatamente isso, os marqueteiros pasteurizam os candidatos e fica difícil saber em que acreditam de fato. Ambos os candidatos. Virou a eleição da propaganda, exacerbada pelos veículos que adotam uma ou outra linha ideológica, como a MSNBC e a Fox News. Abs.
São pequenos detalhes, como essas gafes, que podem ajudar a definir uma eleição. Não conheço bem o perfil do eleitor norte-americano, mas aqui, no Brasil, até o dia da eleição muitos já teriam esquecido esse comentário do Romney; outros, nem mesmo levariam em conta, pois talvez nem entendessem o que ele quis dizer.
Belo texto, Luciana, gostei: não se importe com os comentários deselegantes de alguns leitores seus aqui.
Eles adorariam estar no seu lugar, mas não podem.
Obrigada, Marcos. Eu acho que nesse sentido o eleitor americano se comporta como o brasileiro, tende a esquecer o comentário até o dia 6 de novembro. A menos que a campanha do Obama passe a exibi-lo em looping… Sobre os comentários de alguns leitores, muito obrigada, mas eu acho bom que apontam erros, se eles existem (ninguém está 100% protegido de cometer um, afinal). Pena que alguns o façam de forma agressiva, ou apontem erros que não existem. Abs.
O correto é “Há mais de seis semanas” e não “A mais de seis semanas”.
Atenção ao português, por favor!!
Não, Igor, o correto é “a mais de seis semanas” mesmo, pois se trata de tempo não transcorrido — estou me referindo ao futuro, não ao passado. Está correto. Se houver alguma dúvida, ela pode ser esclarecida aqui na gramática: http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/22/artigo178967-1.asp. Abs.
“wiSHIful thinking”?? Nao contente em arrastar a lingua portuguesa na lama, a senhora tambem arrasta a lingua inglesa no lodo da ignorancia. Parabens, marcou ponto duplo hoje.
Vou corrigir, Costa, obrigada por chamar a atenção para o erro de digitação. Sua ofensa gratuita sobre a língua portuguesa é desnecessária, porém. Falta de educação é mais grave do que erro de digitação.
Parabéns pela resposta Luciana, sua humildade e inteligência antecedem sua pessoa.
Obrigada, Audrina. Eu realmente acho que erros (de português, inglês ou o que for) devem ser corrigidos, todos estamos sujeitos a eles. Só gostaria que alguns leitores não fossem agressivos, não vejo necessidade para isso. Ou que não se precipitassem em apontar erros que não existem, sem refletir. Abs.
Eu acho interessante o dom que as pessoas tem de esquecer que são suscetíveis ao erro. E sim, ser jornalista é no minímo ter a obrigação escrever corretamente, mas estamos no século 21 a era da informação instantanea, onde quanto mais post mais produtividade.
Também acho, Fer, por isso corrigi e afirmei exatamente a mesma coisa. Só acho que é preciso ter educação ao apontar erros. E tentar evitar cometer erros na hora de apontar os dos demais também seria uma boa prática. Convido você a conhecer melhor o blog, que trocou o modelo da produtividade pelo da profundidade e diálogo com os leitores. Abs.
Luciana, alem de todo o exposto por vc, pesa ra muito o fato de que Romney sera obrigado a desviar forcas do mote “Economia” – supostamente o seu ponto forte – e gasta-las explicando declaracoes desastradas. Obama soh tera o trabalho de lembrar ao eleitor que, adminstra uma crise herdada de republicanos e que, reduziu o desemprego a 8.5%, indice infimo quando comparado ao que assola a Europa…
Bosco, que bom que você voltou! Sim, concordo, quanto mais tempo o Romney passa falando sobre outros assuntos que não economia, pior para ele. Eu acho que ele ainda tem tempo para reverter a situação, mas precisará se concentrar muito para isso. Abs.
‘WISHIFUL”? REALLY?!
Nao escreva em Ingles se voce nao sabe Ingles.
Vou corrigir, Marina, obrigada.
“Quem tem telhado de vidro não joga pedra no vizinho.”
Conhece esse ditado Sra. ou Srta. Marina???
“Nao” essa palavra não existe… seria “Não” que você quis escrever???
“Ingles” “voce”… acho que faltou algum sinal, não???
Luciana, parabéns pelo texto. Devemos analisar o teor do texto e não se a palavra está correta ou não. Afinal, você não está fazendo teste de redação.
Novamente, parabéns!!! Abs…
Oi Fernando! Mas no teste de redação também conta o teor, né? Rs. Não, tudo bem, acho bom os leitores corrigirem. Não dá para deixar erros aí (e como ninguém está acima do bem e do mal para não cometê-los nunca, a revisão dos leitores é sempre válida). Só que seria legal fazer isso com mais polidez (e só quando está errado mesmo!). Obrigada e abs!
Jornais ocidentais abandonam a vigilancia sobre os principios universais dos direitos humanos e da Carta das Nacões Unidas, e hoje comentam sobre a politica americana SEM MENCIONAR o carater imperial, expansionista e criminoso da politica externa dos EUA, do qual o futuro Preseidente será um representante-peão. Escrevem aritgos sofisticados sobre as chances dos caditados SEM mencionar que ambos tem sangue nas suas mãos, são genocidas, como Obama e Bush.
Mas convinientemente nunca se esquecem de mencionar que o Chaves é um ditador, e tambem o Putin, etc.
Hipocritas.
Francisco, este blog é sobre a eleição americana, e os americanos estão na reta final da campanha. Em breve haverá um debate entre os candidatos sobre política externa, e aí será um bom momento para mencionar, por exemplo, a política de “drones” do governo Obama. Venezuela e Rússia, porém, não estão na minha *jurisdição* blogueira. Abs.
Excelente análise, Luciana. Considero que os eventuais efeitos dos vídeo vazado tendem a se diluir. Aindah á um mês e meio de campanha, além de tdo o ciclo de debates. É tempo suficiente para mais alguma notícia econômica espantosa sair, ou alguma tragédia acontecer pelo mundo, em tempos de antiamericanismo à flor da pela.
Contudo, não há como negar que Romney não para de meter os pés pelas mãos. Ele, um moderado, claramente não se sente confortável com o discurso ultraliberal e antiestatista. É isso que abre margem para exageros retóricos, frutos, provavelmente, da falta de convicção pessoal em relação a esse discurso que, hoje, afaga o Partido Republicano radicalizado.
Concordo, Guilherme. Eu acho que o Romney se sairia melhor se fosse mais “ele mesmo” — ou o que ele foi no passado. Abs.
Há mais de seis semanas é com o verbo haver, no sentido de existir. Consertem o artigo, por gentileza a nós, seus leitores.
Raquel, não posso corrigir porque não está errado. Agradeço por você apontar um suposto erro com tanta educação, mas o verbo “haver” seria usado apenas se eu estivesse me referindo ao passado — como em “há mais de seis semanas que o candidato não visita a cidade”, por exemplo. Quando a expressão se refere ao futuro — como foi o caso, “a seis semanas da eleição”, “a seis semanas de os eleitores votarem” — o correto é usar a preposição A, mesmo, como eu fiz. Caso tenha dúvidas, aqui há uma boa explicação. http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/22/artigo178967-1.asp . Abs.
Sabe de uma coisa? desconfio que os potenciais candidatos republicanos para 2016 estão esfregando as mãos e torcendo para o Ruimney perder, pois isso aumenta a chance de concorrerem nas próximas eleições. Tudo mundo sabe quem é e o que é o atual candidato, afinal, ele não conta nem com o total apoio do partido Republicano.
Otávio, não sei, seria muito cálculo político torcer para mais quatro anos de Obama — um presidente que eles desaprovam — apenas para supostamente aumentarem suas chances em 2016 (algo que é impossível de prever agora, já que uma eventual melhora na economia ajudaria a eleger outro democrata). Acho que há consenso sobre o candidato. O que falta é empolgação de algumas alas. Aliás, falta empolgação na eleição quase toda. Abs.
Concordo inteiramente com sua conclusão Luciana. Mas será que os marketeiros de Romney vão conseguir filtrar todas as declarações dele a partir de agora ou serão mais 48 dias para que ele cometa novas gafes que o enterrem de vez?
Eu, se fosse americano, independente de qualquer coisa, já teria desistido de votar nele desde o dia em que soube que ele viajou com o cachorro amarrado na capota do carro. Já revela um lado cruel da personalide.
A questão é que ninguém sabe ainda o que pode emergir do passado. Sobre o cachorro, não é isso que faz do sujeito um candidato melhor ou pior, acho eu. Parece-me mais falta de noção do que crueldade. Abs.